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Paloma, uma visão sobre a comunidade LGBT que você precisa ter

  • Carol Oliveira
  • 5 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Cabine por Sinyy Assessoria

Distribuição por Pandora Filmes

Estreia nos cinemas 10 de novembro de 2022


Paloma, longa metragem nacional, polêmico e extremamente reflexivo, conta a história de uma personagem trans, uma mulher, que mora com o "marido", com um filho, uma vida dura e trabalhadora, extremamente religiosa, e com um sonho, se casar na igreja.

Frente a uma sinopse como essa, um sonho para muitos simples e de fácil aquisição, para Paloma se transforma em sua maior luta e talvez até seu maior pesadelo. Frente a questões sociais e religiosas, o filme coloca em pauta o preconceito, as burocracias da igreja frente a proibição de um casamento com uma mulher transexual se as lutas diária de uma família de classe média baixa, onde as prioridades de cada um, são completamente diferentes.


Para ambientar esse ambiente de temática LGBT, o filme faz uso de uma direção de arte complexa e diferenciada, que ao mesmo tempo que busca explicitar a classe e as dificuldades dessa família de adquirir o que sonha com o pouco dinheiro que tem, além do tamanho de sua comunidade, pequena, em que todos se conhecem e são repletos de Tabus.

Mas além de uma caracterização desse ambiente, a direção de arte ainda, coloca em evidencia a todos os momentos a temática do filme e a bandeira colorida da comunidade, trazendo em contraste com ambientes terrosos e opacos, objetos de arte e cenas específicas, repletas de cores vibrantes e que chamam a atenção ao expectador.


Essa paleta de cores e esse intuito, se estende ainda para a direção de fotografia, que por hora se mantem nos tons terrosos e uma iluminação mais difusa para ambientar a realidade do dia a dia dessa família e dessa personagem, mas aos poucos vai trazendo para o filme, uma atmosfera mais artística e colorida, reflexiva, levando o público para junto de Paloma, sobre sua perspectiva, suas injustiças e reflexões mais profundas permeadas por quem ela realmente é, uma mulher transexual que deveria ter tanto o direito de se casar como qualquer mulher, sem que isso influencie negativamente em sua vida.

O grande destaque com certeza se dá para a arte e para o som, mas não poderia deixar de mencionar a qualidade e expertise da direção e dos atores selecionados para o filme. A direção por sua vez conseguindo unificar todos os elementos de sua trama em em metáforas visuais e linguísticas perfeitas, nos mantendo a todo tempo junto de Paloma, torcendo por ela e para os que não fazem parte do grupo LGBT, nos transportando para mais perto de seu dia a dia, tradicional, tranquilo, mas ao mesmo tempo repleto de preconceito.


Os atores selecionados também merecem destaque, conseguindo dar vida a seus personagens de forma completa e complexa, a única ressalva aqui, é a presença desses atores em um roteiro que por vezes nos apresenta cenas que podem parecer desnecessárias, trazendo junto delas personagens também igualmente desnecessários, que não acrescentam muito a narrativa e que passam despercebidos.

Para os amantes de filmes brasileiros, com temáticas atuais, necessárias, reflexivas e aqui no caso, LGBT, Paloma é uma ótima escolha para você. O filme estreia nos cinemas brasileiros em 10 de novembro de 2022.


 
 
 

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