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Entre Rosas - Um filme frânces sobre arte e sonhos

  • Carol Oliveira
  • 25 de ago. de 2022
  • 3 min de leitura

Entre Rosas - Cabine por Sinny Acessoria

Distribuição por por Califórnia Filmes


Estreia nos cinemas: 01 de Setembro de 2022

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Entre Rosas é um filme de comédia Francesa, que conta a história de Eve, uma florista especialista em Rosas, que ganha a vida com concursos e venda de Rosas premiadas pelo concurso da Rosa Dourada; mas dificuldades financeiras entram em seu caminho e poderão muda-lo para sempre.

Frente a esse pequeno resumo do enredo, a trama parece muito mais um filme de drama do que de comédia e não estão errados. O filme apesar de trazer cenas divertidas e um enredo que nos entretém e nos prende até o final, não deve ser considerado de comédia, pelo menos pela ausência de risos como espectadora.

O longa porém, se utiliza de elementos específicos e belíssimos em quesitos de técnica e arte para contar sua história, com um desenvolvimento da narrativa por vezes previsível, mas extremamente bem construído e cativante, afinal... O que importa mais não é o resultado, mas a jornada.

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Desta forma, o filme já nos transporta para a ambientação francesa repleta de flores e pertencente ao dia a dia da alta sociedade com seus brindes e roupas requintadas, além de uma uma trilha sonora que não poderia combinar melhor.

Logo no início do filme, somos enviados para a premiação de rosas, evento gourmet com um pontapé direto, que não poupa enrolações ao nos apresentar o mundo ao qual vamos fazer parte e o problema que terá que ser resolvido, que já nos é exposto desde o primeiro diálogo.

A velocidade do desenrolar da drama e a facilidade de compreensão da narrativa porém, não é o que mais chama a atenção nos quesitos técnicos e artísticos.

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Entre Rosas nos faz realmente sentir estar frente á uma plantação de rosas com seus enquadramentos naturalistas e belíssimos, com baixo contraste de iluminação, além de nos permitir sentir além da tela, o próprio perfume das flores, a partir de descrições detalhadas de seus cheiros, cores e espécimes, de forma que o filme se transforma em uma aula divertida e complexa de botânica e biologia.

Além disso, na direção de arte, Entre Rosas traz uma uma paleta de cores mais voltada para o pastel, que remete justamente as cores das rosas, além de elementos cuidadosamente posicionados ao longo dos ambientes, de forma a construção da personagem se evidencia e a partir do momento do início do filme, Catherine Frot não é mais uma atriz, mas uma pessoa real, Eve, tamanho seu talento para atuação e a capacidade de mise-en-scene presente na trama.

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Eve é uma mulher de meia idade, repleta de tabus e conceitos sobre arte, sonho, perseverança e herança, que nos são transmitidos a nós ao longo do filme. Ao mesmo, ela tem seus defeitos, é real, tomando atitudes com graves consequências, indo além do aceitável na ética e na relação que tem com os demais personagens que a rodeiam, que ganham facetas e importância maior a cada minuto de filme.

Dente conceitos trabalhados, alguns se evidenciam, mesmo quando tratados rapidamente como subtemas. Como por exemplo, a importância de trabalhar com o que amamos, de lutar pela realização de um sonho, de ir contra o machismo e a homofobia, de valorizar as construções da família e os dons individuais de cada um, de valorizar o passado mas não deixar de valorizar o presente e pensar no futuro, entre muitos outros.

Entre Rosas é um filme que me surpreendeu e me encantou do início ao fim. Deixo minha mais profunda recomendação para os amantes de filmes artísticos, profundos e ao mesmo tempo muito divertidos e intrigantes.





 
 
 

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