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Crítica: Fratura (2019, de Brad Anderson)

  • Carol Oliveira
  • 18 de mai. de 2023
  • 3 min de leitura

Crítica para o site que já fui voluntária MINHA VISÃO DO CINEMA

Link da crítica no site:

https://minhavisaodocinema.com.br/2019/11/04/critica-fratura-2019-de-brad-anderson/


Confira a crítica na integra:




Fratura é o mais novo filme do diretor Brad Anderson, em parceria com a Netflix. O filme é um suspense e thriller psicológico que ganhou destaque na plataforma.

Brad Anderson, diretor conhecido principalmente pelos longas O Operário e Beirut, e que infelizmente não é amplamente reconhecido pela indústria cinematográfica, traz para Fratura algumas de suas características principais como cineasta, como por exemplo, o mesmo uso de uma paleta de cores fria que podemos ver em O Operário, além do clima pesado dos ambientes e sua habilidade em manipular o ritmo e a tensão das narrativas em que trabalha.

O longa Fratura conta a história de Ray, interpretado por Sam Sorthington, um pai de família que após ter que parar em um posto de estrada, onde sua filha de 6 anos se machuca, se vê em uma corrida para ajudá-la. Ele a leva para o hospital local, que desde o início não nos transmite a sensação de ser confiável, onde ele tem que lidar com enfermeiras que pouco ajudam, burocracias locais e o desaparecimento de sua filha e de sua mulher após serem levadas para a área de tomografias.

A atuação de Sam Worthington, que interpreta Ray ator conhecido mundialmente por Avatar, O Exterminador do Futuro: A Salvação e Fúria de Titãs, e que já ganhou prêmios por sua excelente atuação, novamente surpreende em Fratura, de forma que toda a ambientação da narrativa e o clima de tensão é evidenciado principalmente por sua performance espetacular e também pela direção de fotografia, que consta com diversos close-ups do rosto do protagonista, e de movimentos de câmera espetaculares que aparecem do início ao fim do filme.

Porém, o roteiro de Alan B. McElroy, infelizmente acaba não chamando tanta atenção dos amantes de thrillers psicológicos, com diversos momentos em que a trama se torna previsível, além da presença de diálogos sem profundidade, da mesma história sendo contada repetidas vezes e pela pouca valorização da performance dos demais personagens, que não geram uma identificação do público ou até que parecem existir apenas para “tapar buracos” e criar cenas longas e desnecessárias.

Quanto ao clima pesado dos ambientes, pode ser notado desde o início do filme, primeiramente no carro, com a tensão familiar; depois no posto de gasolina onde nos deparamos com um local que parece abandonado e uma atendente com atitudes sinistras; até a chegada no hospital, um local que deveria representar segurança e saúde, mas que na verdade quando o vemos, nos transmite desespero pela a indiferença das atendentes, a rigidez das burocracias do local, com fichas de pacientes bizarras e a aparente realização de atividades ilegais.

Com um clima de tensão que não se altera, desde o início sentimos o desespero e desconforto dos personagens, de forma que espectador não presencia um momento de clímax, se encontrando sempre na dualidade do que acredita que irá acontecer, a partir das pistas visuais que aparecem e que nos levam ao mesmo final anterior.

Este constante giro da narrativa, torna o longa cansativo, atingindo apenas uma singela mudança no terceiro ato da trama, momento em que todas as pistas existentes até o momento podem ou não ser inúteis, pois surge mais uma possibilidade para verdade da situação, e o giro recomeça novamente. É este o momento em que torcemos para que o mais óbvio não aconteça, que o giro se quebre e que o filme se salve ai. Agora se Brad Anderson consegue nos surpreender e nos enganar ou não, cabe a você descobrir, Fratura está hoje no catálogo da Netflix.
 
 
 

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